Uma marca só para homens!

Desafio: lançar no mercado internacional uma marca de “Alfaiataria Masculina made in Portugal” com destino ao mercado de luxo.

Apanhamos a boleia: Portugal, e alguns dos seus produtos, estão na moda – assumem reconhecido valor qualitativo.

O conceito em causa corresponde ao imaginário português das antigas alfaiatarias portuguesas, à melhor old school… ao genuíno, ao original, ao único!!! Uma visão renovada de uma arte que deixou saudades e que sempre teve uma grande qualidade associada. Qualidade, afetos e toque. O secreto íntimo masculino.

Num exercício de liberdade criativa, podemos até lembrar-nos de alguns dos ícons do cinema clássico português.

Mas hoje… como seriam essas personas? Qual o publico dessa arte tão nobre?? E como se deve posicionar o prestador de serviços???

Destinada a verdadeiros cavalheiros que dão nas vistas não só pelo bom gosto com que se vestem, mas também pela forma elaborada com que se apresentam, eis que num estilo irrepreensível se nos afiguram os “dundee”, senhores fiéis aos clássicos da moda masculina mas que quando saem à rua, fazem parar o trânsito.

Numa visão global, em qualquer parte do mundo, um consumidor informado consegue pronunciar marcas como Swarovski, Ermenegildo Zegna… entre outras. Abre-se assim um caminho claro para que a portugalidade da marca comece logo pelo naming. Sem medo!

Sendo um produto masculino superior, sabemos desde já da nobre missão de conseguir comunicar de forma clara com um destinatário que assume personalidade forte e gosto cuidado. Barbas e bigodes são bem-vindos. Fatos à medida, deixam adivinhar corpos bem cuidados. Tatuagens escapam em pescoços, pulsos e tornozelos.

O fato que vestem assume igual personalidade, igualmente tatuado… mas por uma etiqueta! Habituados a viajar, conhecem bem o mercado de luxo e sabem identifica-lo com facilidade. Apreciam qualidade e energia criativa elevada. O valor afetivo da marca! E se se reconhecerem nela, é porque ela foi feita a pensar neles. Então existe clic. Magia! Falamos de luxo, não exclusivamente alternativo, mas cuidado. Numa versão contemporânea. Joana Vasconcelos viajou ao imaginário luso mais saloio e transformou-o em algo eclético. Deu-lhe a volta. Nós, também!

Ter um “BIGODES” é quase uma questão de honra para homens que associam, de forma perfeita, a moda a uma personalidade forte.  Homens com fogo dentro.

A marca final, e todos os seus elementos, enfoca numa tribo urbana, numa comunidade com vários denominadores comuns. Um nome exclusivo, mas desbloqueador de conversas. “O que quer dizer este nome?” perguntará um estrangeiro. E o nome tem uma bela história para contar. E cativar. Um autêntico personagem surge naturalmente. O estandarte da marca.

Portugal está na moda, sabemos disso. Do calçado ao turismo, imenso é o potencial Luso que agora o mundo descobre. A alfaiataria nacional não é exceção.

De António Silva a Variações, a inspiração para o branding desta genuína marca de confeção portuguesa surge em jeito de personagem: um verdadeiro alfaiate de tesoura na mão, eventualmente tatuado… numa atitude criativa livre e irreverente.

Luis Pedro

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